A importância de aprender japonês

Boa parte das pessoas que tiveram contato com a cultura japonesa na década de 90 deve se lembrar dos desenhos animados que costumavam passar no SBT e na Manchete, como Cavaleiros do Zodíaco, Sailor Moon, Dragon Ball, Fly! e Guerreiras Mágicas de Rayearth. Parece óbvio, mas preciso lembrar que tais desenhos, assim como nas gerações anteriores, eram dublados e havia uma grande dificuldade em encontrar materiais vindos diretamente do Japão e em seu idioma original – fato que não deixava as crianças perceberem que se tratava de um desenho japonês.

Eu gostava muito de Guerreiras Mágicas de Rayearth, muito mesmo. Ele foi exibido nas manhãs do Bom Dia & CIA com a Eliana de cabelos encaracolados dançando a dançando a Dança dos Bichos. O ano era 1996 e eu pouco sabia sobre nacionalidades, queria mesmo era ver aquele desenho, acompanhar a história e receber a mensagem de amor e união que era transmitida.

Com a distribuição massiva de CDs de instalação da AOL e o advento do provedor IG (Internet Grátis) as portas da informação foram abertas e eu descobri, finalmente que aquelas animações de olhos grandes vinham da terra do sol nascente. Foi mais ou menos nessa época que surgiu um outro fenômeno chamado Pokémon. Em 2000 duas edittoras começaram a publicar mangás aqui no Brasil (vale lembrar que não foram os primeiros mangás publciados por aqui): Conrad e JBC.
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Baixar animês era um sonho tornando-se realidade. Mas, ao abrir o primeiro vídeo que deve ter demorado uma madrugada inteira para ser baixado – e com péssima qualidade -, um susto: eles falavam japonês! Mesmo legendado, era um choque, um idioma desconhecido. Eu só conhecia o japonês da frutaria (uma vez quase chutei o bebê dele, mas não vem ao caso agora) e nada mais. Quando eu terminava o episódio parecia que as pessoas na rua falavam um dialeto estranho, os fonemas se misturavam em minha mente, uma loucura!

Claro que a fase passou e eu comecei a ver vários desenhos. Depois vieram as músicas, coleção de imagens, traduções, preferências… E tudo mais que um fã faz. E claro que sozinha eu não entendia nada. Eu tenho uma ligação muito grande com idiomas, com a compreensão do que está sendo dito. E em um certo momento senti a necessidade de entender as músicas que eu tanto gostava, mas não queria me limitar a traduções de internet, EU queria entender. Foi assim que comecei a estudar japonês.

Eu não tenho olhos puxados e minha infância passou muito longe da convivência com japoneses. Sabemos que no Paraná temos a segunda maior colônia japonesa do Brasil e aqui em Curitiba a cultura japonesa é consideravelmente presente (assim como a italiana, a polonesa, a alemã, etc). Ou seja, estudar japonês é se infitrar na cultura japonesa, vivenciar alguns conceitos que seriam abstratos se vistos só através da internet. Encaramos valores que muitas vezes conflitam com o que conhecemos em nosso dia-a-dia.
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Eu ainda estou longe de entender bem as músicas japonesas ou ainda de poder ler um mangá em seu idioma de origem, mas certamente entendo melhor a cultura japonesa e posso dizer que me tornei uma pessoa melhor quando tomei esse caminho em minha vida. O que quero dizer é que, se você realmente quer aprender japonês, tem essa vontade, que faça isso por inteiro e abrace um pouco a cultura do país que tanto admira. A experiência de aprendizado só se torna mais completa quando há essa abertura, a vontade de receber o novo.

Então, que tal começar a estudar japonês no Centro Cultural Tomodachi?


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