Deixei as últimas 30 páginas para ler e ainda estava um pouco relutante se deveria faze-lo ou esperar mais um dia. Li. Hoje de madrugada eu sofri como há muito tempo não sofria lendo. A ansiedade tomou conta de mim e eu fui tropeçando em algumas palavras, engolindo outras, chorando antes do tempo. Apesar de já estar consciente de que seria sofrido chegar ao final do livro, não pude evitar a dor.
A história é narrada em primeira pessoa por Maria, uma garota que é fruto de um relacionamento extraconjugal de seu pai. No entanto, ele luta e consegue se separar de sua esposa para casar-se com a mãe de Maria. Enquanto não conseguem viver como uma família normal, Maria e sua mãe vivem na pensão de Masako, tia da moça, ajudando nos serviços gerais. Masako tem duas filhas: Yoko e Tsugumi.
Tsugumi nasceu com inúmeros problemas, resultando num corpo frágil e debilitado. Vive no médico e preocupando a todos com sua saúde. Para contrapor sua fragilidade física, ela possui uma personalidade muito, mas muito forte. Fala tudo o que pensa, reage espontaneamente, briga, grita, é chata… E todos já estão acostumados com isso. E também com o fato de que a moço poderia morrer a qualquer momento.
Quando Maria e sua mãe vão morar em Tóquio com seu pai – uma família normal, como sempre sonharam -, Maria sente-se um pouco confusa com a situação, já que, pela primeira vez, ela estava longe do lugar onde cresceu. Para ajudar, a pensão na qual cresceu logo seria fechada porque um novo e luxuoso hotel estava sendo construído na praia. Era, então, a grande separação, o fim de tudo que ela conhecera até então. Por isso decide passar um último verão em sua terra natal.
Nesse último verão juntas, Maria, Yoko e Tsugumi descobrem, cada qual a seu modo, o verdadeiro sentido de separação.
Eu li a versão em inglês, se alguém tiver interesse é só visitar o site da Livraria Cultura. Deixo para você um trecho do livro (em inglês):
Packing was a task that put me in a luminously beautiful, heartrending frame of mind. A mood that recalled me the waves. It didn’t matter where I was in the job, suddenly I would just stop in the middle of what I was doing and stay perfectly still, and once again the knowledge that this work was leading me to an inescapable, but certainly no unheppy parting – a natural separation – would gush into me.
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