Tudo começou com o meu comentário sobre a matéria feita durante o AnimeXD. Caso você não tenha lido ainda, é só clicar aqui.
Eis que a coisa toda repercutiu! Acredito que muitos alunos de comunicação da UFPR devem ter vindo visitar o blog e eu só tenho a agradecer por isso. Obrigada por terem me dado os dias de maior visitação! Até recebi um comentário do editor-chefe do TV Comunicação, Ivan Sebben:
Olá! Sou o Ivan Sebben, editor-chefe da TV Comunicação. Acho que os comentários no blog, que tem como alvo a matéria, são totalmente pertinentes. Agora, como a Amanda explicou, e aí é importante sempre cogitar que existe um OUTRO LADO, a reportagem sofreu vários cortes na edição por conta de erros técnicos, pois haviam depoimentos inaudíveis, caiu a passagem da repórter também, enfim, tanto é que sobrou um depoimento parcial demais e que realmente torna questionável a abordagem do tema. Mas imprecisão jornalística e parcialidade são sempre problemas a serem evitados, e esse é o aprendizado – e nesse sentido as críticas são super válidas. Agora, desmerecer o trabalho inteiro dos alunos do curso por conta de um erro pontual é cometer o mesmo extremismo/sensacionalismo que aqui neste blog, com relação à reportagem, se fez a critica. Admitimos o erro, e talvez o correto fosse nem publicar, vide o resultado final do material: incompleto e impreciso. Agora, desprezar o restante do trabalho feito pelos alunos, desde o começo do ano, focando a matéria apenas, ou seja, generalizar um problema que é aqui pontual, é cometer o mesmo erro que se critica: afirmar algo sem conhecimento de causa. Então, seria de bom tom conhecer o restante do trabalho dos alunos, feito com muita dedicação e claro, com contratempos e dificuldades que só quem trabalha em emissoras ou na imprensa periódica sabe, para ponderar o final das linhas da crítica neste blog e não julgar o trabalho como um todo como ruim, e muito menos desprezar a qualidade dos profissionais em formação, sem conhecimento algum de causa da realidade estrutural em que o trabalho é feita. Que isso sirva de aprendizado para os que criticam também: moderar as palavras pode ser um bom começo para não inferir no mesmo erro alvo da presente crítica.
Sds, Ivan Sebben.
Eu ia responder em comentário também, mas como ficou muito grande achei melhor publicá-la, assim fica mais fácil para todos lerem.
Bem, já errou dizendo que eu não tenho conhecimento de causa, afinal passei 4 anos da minha vida estudando nada mais nada menos que JORNALISMO.
Ficar dando desculpas sobre problemas técnicos é muito ruim e coisa de amador mesmo, por favor. Se não deu certo, cai a pauta, não tem problema, ninguém vai morrer. Ou acha melhor publicar algo errado e no final da matéria dizer “nos desculpe, tivemos problemas técnicos”?
“…tanto é que sobrou um depoimento parcial demais e que realmente torna questionável a abordagem do tema.” Não é parcial, é completamente errado! Sabe, eu não acredito em imparcialidade, eu acho que é muito impossível ser imparcial e tudo mais. Agora, passar uma imagem errada é outra coisa.
“Agora, desmerecer o trabalho inteiro dos alunos do curso por conta de um erro pontual é cometer o mesmo extremismo/sensacionalismo que aqui neste blog, com relação à reportagem, se fez a critica.” Ok, você tomou as dores dos seus “colegas de trabalho”. Eu não desmereci toda a vida deles desde o nascimento. Eu nem vi outros trabalhos deles, nem me interessa no momento. Eu foquei tão e somente nesta matéria sobre o evento que por sinal eu ajudo a organizar. E ela está errada, foi tudo o que eu quis dizer. Só que no lugar de dizer que a matéria está uma BOSTA eu usei de argumentos para dizer como estava.
“Então, seria de bom tom conhecer o restante do trabalho dos alunos, feito com muita dedicação e claro, com contratempos e dificuldades que só quem trabalha em emissoras ou na imprensa periódica sabe, para ponderar o final das linhas da crítica neste blog e não julgar o trabalho como um todo como ruim, e muito menos desprezar a qualidade dos profissionais em formação, sem conhecimento algum de causa da realidade estrutural em que o trabalho é feita.”
É meu filho, eu sei que dá um trabalho fazer uma matéria dessas, eu sei bem. Não precisa vir colocar os jornalistas num pedestal não que eu já estou cansada disso. O problema é que qualquer pessoa que veja a matéria e não conheça absolutamente nada sobre eventos de animê vai se perguntar “mas então é isso que eles fazem nesses encontros?” (ou farão comentários bem piores).
Concordo que ninguém é perfeito e que na faculdade é a hora de errar e bla bla bla. Mas é que a impressão que eu tive com essa matéria é que não houve um mínimo de esforço para que ela ficasse boa. E isso que eu nem comentei de detalhes mais técnicos como a sonora com um silêncio mortal atrás, provavelmente gravada em estúdio ou ainda os enquadramentos das imagens. E a música que parecia mais uma chacota do que qualquer outra coisa pra fechar a matéria?
Enfim, vocês cometeram o mesmo erro mais uma vez: antes de alegar que eu não tinha conhecimento de causa deveriam ter pesquisado um pouquinho. Só um pouquinho hein.
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