Antes de viajar falei com várias pessoas que já viveram no Japão, mas nenhuma delas me contou os “macetes” da vida por aqui de maneira clara, foram apenas algumas dicas espalhadas como peças de um quebra-cabeça que eu só consegui montar depois de alguns dias aqui. Isso provavelmente acontece porque é normal que, depois de algum tempo de convivência, não nos espantemos mais com o cotidiano e achemos tudo muito normal. Por isso mesmo faço questão de escrever essas observações agora que tudo é novo para mim.
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- É de conhecimento comum que no Japão as ruas estão na mão inglesa, ou seja, nas ruas de mão dupla os carros vão pela esquerda e não pela direita, e o motorista fica na direita ao invés de ficar na esquerda, como no Brasil. O que eu não espereva é que as pessoas também andam na esquerda, como é possível ver na foto acima. Parece fácil, mas sinto certa confusão mental quando tenho que desviar de alguém pela esquerda, por exemplo.
- No quarto onde estou há um fogão elétrico de uma boca, mas não tenho nem utensílios e nem espaço para cozinhar, então preciso comprar comida pronta. Eu achei que na loja de conveniência só havia comida instantânea, tipo Cup Noodles e afim. No primeiro dia vi alguns bentos (uma espécie de PF, marmita, ou como preferir chamar) na geladeira e fiquei triste porque não tinha como esquentá-los. Imagine só a minha surpresa e felicidade quando percebi que os atendentes da loja de conveniência esquentam o bento para você! E melhor, dão hashi (palitinhos), lenço para limpar as mãos e tudo mais que você precisar! Ou seja, não é necessário cozinhar, não é mágico? Os valores dos pratos variam bastante, mas custam uma média de 500 yen (cerca de R$10,00).
- No Japão não existem supermercados enormes como no Brasil. Ao invés disso é possível encontrar lojas de conveniência (chamadas de kombini) facilmente e quase todas ficam abertas 24h por dia. Tais lojas funcionam como um “kit sobreviência”, já que nelas é possível encontrar alimentos, bebidas, produtos de limpeza, higiene e beleza, papelaria, acessórios, revistas, mangás, etc. Às vezes os preços são mais altos do que em outros lugares mas, como em qualquer lugar no mundo, paga-se pela praticidade.
- Andar de trem não é muito difícil. Você precisa saber para qual lado quer ir, em qual estação quer descer e onde fazer a conexão. Eu diria que é muito parecido com Curitiba, quando você desce no terminal para fazer conexão com um ônibus qualquer que vai sentido Capão Raso, por exemplo. A grande diferença é como você paga o seu transporte. Ao entrar na estação você passa o cartão no sensor para liberar a catraca e assim fica gravado o seu local de embarque. A cada trecho andado um valor diferente será cobrado, sendo que o valor só será debitado do seu cartão de trem quando passar novamente pela catraca. Por exemplo, para ir da estação Tama até a estação Musashi-sakai eu gasto 170 yen (cerca de R$4,00). Caso eu desça na estação Mitaka, uma estação depois de Musashi-sakai, vou pagar 280 yen (cerca de R$6,70).
- Quando está nublado e abafado não significa que vai chover. Por mais idiota que isso possa parecer, todo curitibano está mais do que acostumado com mudanças climáticas repentinas no mesmo dia, mas no Japão isso não acontece e a previsão do tempo dá certo.
- Até agora estou me perguntando quem foi que me convenceu de que no Japão não faz calor. Eu trouxe muitas roupas de frio e quase nenhuma de calor, então… Estou passando um certo aperto, mas acho que logo começa a esfriar de verdade.
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Essa é a parte 1 porque tenho certeza que vou notar mais algumas coisas do cotidiano dos japoneses que é bem diferente do Brasil. E em breve muitas fotos é vídeos… Aguardem!
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