Festival Cultural Japonês – TUFS Gaigosai 2011

Festival Cultural Japonês Gaigosai Tadaima

Festival Cultural Japonês Gaigosai Tadaima

Nos animes e mangás que tratam do cotidiano dos estudantes japoneses sempre é retratado um festival cultural dentro da escola ou universidade, para o qual os alunos se preparam durante meses e meses a fio. Esses festivais realmente acontecem no Japão e normalmente duram cerca de 3 dias. Isso pode variar de acordo com a instituição, mas no geral os alunos são convidados a realizar atividades e apresentações relacionadas aos clubes dos quais fazem parte. Por exemplo, se você faz parte do clube de dança, vai fazer uma apresentação de dança, se faz parte do clube de culinária, vai cuidar de uma barraquinha de comida, etc.

Gaigosai 2011

Eu tive a oportunidade de participar do festival cultural da Gaidai, o Gaigosai. O evento aconteceu de 19 a 23 de novembro dentro do campus da universidade e boa parte dos alunos contribui de alguma maneira. O festival cultural da TUFS é um dos mais longos e mais conhecidos no Japão por suas características interculturais. As atividades, barracas de comida e apresentações são divididas por países e os estudantes de cada um dos 26 idiomas ofertados pela universidade desenvolve atividades relacionadas à sua área de estudo.

Os alunos do primeiro ano ficam encarregados de organizar as barracas de comida. Cada turma cozinha comidas típicas do país que representa, criando assim uma variedade de pratos que deixa qualquer um com muita dúvida. Na barraca do Brasil, eram vendidos linguiça, caipirinha, pastel, guaraná, etc.

Festival Cultural Japonês Gaigosai Tadaima

Já os alunos do segundo ano apresentam peças de teatro no idioma original, ou seja, eles não podem falar em japonês! Eles se encarregam de tudo, desde atuação, produção, iluminação, tudo mesmo. O resultado final é bem interessante e, sem dúvida, essa é uma das atividades que mais deve dar trabalho.

Os alunos do terceiro e quarto anos podem ir se divertir apenas, mas como boa parte deles faz parte de algum clube, eles acabam participando de apresentações culturais.

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Palco Principal

Como é possível ver nas fotos, foi montado um palco principal (chamado de soto stage) para as apresentações culturais. Ali aconteceram show de dança e música das mais variadas etnias – e com todas as barracas de comida por perto na hora que bate aquela fome. Foi muito interessante observar como os japoneses gostam de se fantasiar, seja de cosplay, seja com as roupas do país que representavam.

Olhando de fora, achei o festival cultural bem democrático, porque tive a impressão que havia espaço para todo mundo, desde apresentações mais requintadas, como grupos vocais líricos, até bandas de rock fazendo cover de L’arc en Ciel e Vocaloid.

Festival Cultural Japonês Gaigosai Tadaima

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Samba House

Na Gaidai há um clube de Estudos Brasileiros, que nada mais é do que um grupo de pessoas que se junta numa roda de samba japonesa. Todo ano eles são responsáveis pela Samba House, uma simpática casa montada ao lado dos alojamentos com muito samba, axé, pagode, MPB, linguiça, guaraná e caipirinha. Algumas das apresentações da casa de samba aconteceram no palco principal, como a de Boi-Bumbá, que eu fotografei.

Para entrar na casa era necessário pagar 300 yen (cerca de R$7,50) em troca de uma fitinha de Nosso Senhor do Bonfim – a fitinha mais cara que comprei na minha vida. De qualquer maneira, valeu a pena ver como os japoneses que admiram a cultura japonesa representam o Brasil por aqui.

Festival Cultural Japonês Gaigosai Tadaima

Veja todas as fotos no slideshow abaixo ou visite meu Flickr.

Saiba mais sobre a cultura japonesa em Tadaima no Japão.


5 respostas para “Festival Cultural Japonês – TUFS Gaigosai 2011”

  1. Avatar de Heidi
    Heidi

    Cada vez que eu leio esses artigos fico com mais e mais vontade de ir morar no Japão, mas assim como citado em outro artigo eu tenho preguiça demais em sentar, focar e decorar, a língua japonesa. Estou pensando em fazer letras português-japonês ano que vem (duas faculdades ao mesmo tempo, ok estou assinando minha carta de suicídio – eu faço psicologia).
    Até meu TCC de psico será sobre as pessoinhas de olhos puxados XP… então Mylle eu queria saber se você sabe de algum estudo que fale entre as diferenças sociais entre os brasileiros e japoneses, ou coisas sobre a formação da identidade e coisas como cosplays e etcs (meu trabalho é a adultecencia, as diferenças entre a identidade na cultura japonesa e brasileira). Se puder me ajudar eu agradeço de monte XD

  2. Avatar de Mylle Silva
    Mylle Silva

    Eu também tenho muita preguiça de sentar e estudar, até porque estudar japonês é tipo um sacerdócio, você estuda, estuda, estuda e os resultados demoram para aparecer. O bom é que, quando os resultados aparecem, você se sente mais incentivado a estudar – só que isso demorou uns 4 anos, no meu caso. Tem gente que tem mais facilidade, é mais dedicado, tem mais tempo livre e consegue aprender bem mais rápido. O importante é ter algum objetivo para não desanimar muito. No meu caso, como sempre gostei muito de música, queria entender as letras e hoje já entendo 50% do que é dito só ouvindo. Também consigo ler alguma coisa, sempre com a ajuda de um dicionário.

    Sobre os trabalhos, de cabeça não me lembro de nenhum, mas procure no Google Acadêmico, é uma ótima fonte principalmente para você pegar referências sobre livros que tratem do assunto. Agora eu vejo muitos trabalhos em português na área de cultura pop, mas quando eu fiz meu TCC em 2007 foi bem difícil achar material.

  3. […] parte das fotos da galeria foram tiradas durante o festival cultural Gaigosai – apenas as 10 primeiras foram tiradas num evento à parte, que aconteceu na segunda quinzena […]

  4. […] vídeo começa com o festival cultura Gaigosai, porque eu tinha a idéia de mostrar trechos de todos os vídeos, mas no final eu acabei escrevendo […]

  5. […] (qui) para participar de um nomikai com os meus amigos do clube de jazz, logo depois do final do Gaigosai. Assim que vi o lugar, fiquei com muita vontade de tirar algumas fotos mas, como estava sem a […]

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